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segunda-feira, 14 de março de 2011

Pulseira com sensor mostra níveis de estresse do usuário ao longo do dia

Um novo tipo de sensor na forma de uma pulseira, que checa sinais de ansiedade no dono, pode revelar o que o deixa mais estressado ao longo do dia. Criado pela empresa Affectiva, nos Estados Unidos, o sensor parece um grande relógio digital sem mostrador.

O sensor conta com dois pequenos eletrodos de prata na parte inferior do aparelho, que enviam continuamente uma pequena corrente elétrica para medir justamente a capacidade da pele em lhe dar passagem. A condutância da pele aumenta à medida que sobem os níveis de estresse, incluindo a excitação e o medo. Além disso, ele mede a temperatura do corpo e os movimentos realizados em atividades físicas.

Cientistas estão usando o dispositivo para estudar o sono, a criação de games, os hábitos alimentares e a criação de marcas. Os pesquisadores também estão lançando mão do sensor Q para criar novas formas de tratamento para crianças autistas. Outros deles vão usá-lo para descobrir se as informações que fornece podem ajudar no tratamento de dependentes de drogas ou de pessoas com estresse pós-traumático. 

Mas o aparelho também pode ser usado por qualquer pessoa. Conhecer as variações diárias de estresse pode ajudar seu dono a se conhecer e a entender sua rotina melhor. E, quem sabe, até ajudá-lo a desestressar de forma eficiente. A informação é da revista Technology Review.

Rosalind Picard, professora de ciências e artes do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, e inventora-chefe da equipe que desenvolveu o sensor Q, lembra que os cientistas sabiam apenas que “o estresse agrava problemas de saúde”, não muito mais do que isso.

- [O estresse] causa uma grande sobrecarga na saúde das pessoas e agora está começando a ser mais entendido do ponto de vista biológico.

O próximo passo da equipe de Rosalind será fazer com que o aparelho envie os resultados da medição, por exemplo, para um aplicativo de smartphone, enviando um alerta que sirva de lembrete para a pessoa relaxar, ou por meio de um cabo USB. A inventora acrescenta que o sensor Q também poderá ajudar na recaída de um dependente químico, já que a fissura pela droga desencadeia altos níveis de estresse.
O dispositivo também poderá ser usado por empresas. John Ross, executivo-chefe da Shopper Sciences, uma firma de marketing e propaganda que ajuda companhias a entender o comportamento dos consumidores, dá o exemplo de uma rede de lanchonetes.

A empresa queria saber por que os clientes não estavam voltando mais, apesar de terem gostado da comida e do ambiente. Ross usou o sensor para resolver o mistério e descobriu que eles não gostaram do processo de escolher os pratos no menu. Agora, a Shopper pretende criar um grande banco de dados do sensor Q para descobrir padrões em grandes grupos e prever reações de clientes em diferentes situações.

Já a inventora Rosalind explica que o dispositivo tem um apelo ainda maior porque muitas pessoas simplesmente não sabem ou não acreditam estar estressadae e que a tecnologia pode ajudá-las nisso.

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